sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Segundo Dia.




  Acordamos bem cedo, depois de uma noite de sono merecida, afinal haviam sido 17 horas rodando, hoje seria mais light, havíamos planejado somente 760 km para chegarmos até Santa Fé. Arrumamos tudo, paramos em um posto para abastecer (ao fim do relato, colocaremos os gastos com gasolina, tanto para a intruder quanto para a fazer e os hotéis que ficamos valores, etc) e minha coca da manhã sagrada e fomos para a estrada.
  Seguimos pela ruta 150 em direção a Corrientes (por algum motivo seguimos um caminho português e não o que havíamos planejado que seria seguir pela 150, passar a 40 e seguir descendo). Bom, até Corrientes foi rápido, atravessamos uma mega ponte com um visual animal, atravessamos a cidade inteirinha, o que nos tomou um bom tempo e um pouco de estresse. Acho que foi a cidade com a maior quantidade de pessoas que não respeitam motociclistas.
  Paramos para comer em um posto (fato que acabou virando mais que comum na viagem, afinal, comida e gasolina no mesmo lugar, tudo que precisávamos), lá me conectei à internet e abri o Google Maps para verificar a distância que havíamos visto em uma placa que dizia: Santa Fé a 540 km, por tristeza a placa estava correta mesmo, havíamos aumentado um pouco a rodagem do dia, iríamos completar 856 km (eu disse que tinha sido português).
  O estrago já havia sido feito, agora era tentar cumprir o roteiro, pegamos a ruta 11 e seguimos toda a vida, como todas as estradas da Argentina, retas intermináveis com poucas curvas, monótono ao mesmo tempo em que era bonito, mas enjoativo, o que acabava dando sono, levando a diversas paradas para termos segurança na estrada.
  Calor e monotonia, isto descreve bem esse dia, o calor era terrível, e com o equipamento de segurança de moto nós literalmente derretíamos, e a estrada que nos primeiros 150 km era fenomenal acabou virando algo que não fazia o tempo passar, dava para pensar muito na vida, principalmente porque o tráfego estava bem tranqüilo. Um problema para minha intruderzinha eram as enormes distâncias de um posto para o outro, normalmente uns 200 km entre cada um e eu estava me acostumando a colocar a cada 150 km para garantir, já que a intruder não tem tanta autonomia na estrada, dava uns 300 km por tanque em média.
  A noite chegou e ainda estávamos longe de Santa Fé, já cansados, quebrados de passar mais um dia inteiro nas motos e queríamos dormir. Foi quando vimos que chegaríamos muito tarde a Santa Fé, começamos a ver hotéis em cidadezinhas, em uma delas chamada Nelson, a 30 km de Santa Fé, achamos um hotelzinho agradável, paramos e ficamos ali mesmo, era 11 horas e 30 minutos da noite já. Foi tomar banho e dormir para o próximo dia.   

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