domingo, 30 de janeiro de 2011

Quarto dia 28/12/2010

  Acordamos no Hotel em Villa Mercedes (tínhamos ficado em um bom hotel, pelo cansaço de procurar outros), tomamos o café da manhã e preparamos as motos e seguimos para a estrada, o caminho hoje seria tranqüilo, iríamos rodar somente 353 km pela ruta 7, era somente uma reta interminável.
  Atravessamos San Luis e seguimos em uma ótima parte da ruta 7, pista dupla, nada de buracos, hoje o vento estava a nosso favor, o que significava que minha trudy conseguia ir a 100 km/h tranqüila, o único problema era os engasgues da moto, ela chegou a morrer duas vezes na estrada, em uma dessas vezes ela morreu em frente a um borracheiro, foi o momento de esticar a corrente (sou novo na moto e não tinha noção o que podia ser), corrente esticada voltei para a estrada, mas os engasgues continuaram, fiz o que podia ser feito, continuei a caminho de Mendoza.
  Após atravessar San Luis, entramos na ruta 15, o que nos levou até laguna del Bebedero, El desierto Blanco, um deserto de sal, que aumentou apenas 30 km na viagem, uma pena que não podíamos ir até o salar mesmo, a parte que temos acesso está sendo usada por uma empresa para retirar o sal, mas mesmo assim, pudemos vislumbrar algo bem diferente do que conhecíamos, vale a pena uma passada por lá, pegamos umas pedrinhas de sal e continuamos rumo a Mendoza.

  Na estrada vimos algo que nos chamou a atenção, três caras em bicicleta, com bandeira do Brasil, os caras estavam atravessando a Argentina, achávamos que viajar com motos de baixa cilindrada era algo razoável, mas quando vimos esses três éramos nada. Após a visão motivadora do que somos capazes de realizar fizemos a ultima parada em um posto, lá havia uma bike chilena (esses caras merecem respeito), depois de um tempo chegou um casal brasileiro com uma Shadow e mais um cara sozinho de Vstrom, ficamos conversando sobre onde eles iam, por onde vieram e nos contamos também o que estávamos fazendo, começamos a desconfiar que todo mundo que era parado pela policia para ajudar no café deles era na estrada argentina que levava a Uruguaiana, pois até o momento a policia não havia parado a gente. Jogamos um pouco de conversa fora com os companheiros de estrada e seguimos para Mendoza.
  Lá pelas 5:30 da tarde, entramos na expressa da cidade, trafego intenso maluco e o recorde de cachorros mortos de toda a viagem, mas o visual era fenomenal (quando se conseguia relaxar um pouco do estresse da expressa), vinícolas, a cidade ao fundo e a cordilheira atrás, não há nada igual.
  Chegamos já na avenida principal da cidade e comecei a procurar lojas de moto, precisava aproveitar o horário e tentar ver se ela ia morrer ou não. Finalmente achamos a Honda, fui lá e me indicaram um mecânico que era conhecido na cidade o nome era Vaselli, perto da rua Balcarce, lá chegando ele olhou o barulho da moto, perguntou o que estava acontecendo e chegou a conclusão que era a vela, trocamos.
  Moto arrumada (ao menos pensava isso), fomos achar um hotel, sabíamos que havia varios albergues na rua Aristedes Villanueva e fomos para lá, conseguimos um albergue aceitável, mas sem estacionamento, por sorte havia um na mesma rua que nos custou 15 reais o dia.
  Com teto, banho tomado, motos guardadas, fomos comer e tomar uma cervejinha no bar do albergue, na seqüência acabamos em outro barzinho que depois virou uma disco, excelente a rua do albergue. Mas não podíamos abusar dia seguinte nos aguardava a cordilheira (claro que não conseguimos nos conter tanto).


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