terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Ibitipoca

  Postagem atrasada, mas vamos lá.

  Feriado de novembro, chegou a hora de partir rumo a Amparo, encontrar nosso companheiro de estrada (o Fabiano), saio cedo pois não gosto de andar a noite, rumo via BR116 até Juquiá, onde entro pela serra que vai até Sorocaba, estrada vazia no sentido subida, só curtir as curvas e aproveitar. Parada obrigatória no El Caminito para aproveitar as empanadas chilenas e mais estrada, até Amparo nada de sobrenatural, Sorocaba depois Campinas e finalmente Amparo, onde finalmente encontro o Fabiano.



  Dia seguinte seriam mais 480k até Conceição do Ibitipoca, lugar lindo que já fui uma três vezes, esta seria a quarta vez, porém dessa vez teríamos pouco tempo para curtir o parque. Saímos cedo e fomos por estradinhas da região até desembocar na fernão dias, dali mais alguns quilômetros e voltamos para as estradas cheias de curvas de minas (coisa boa). Até chegar em Lima Duarte, muitas curvas, postos de gasolina semi abandonados e um sol gostoso, a partir deste ponto seria mais alguns quilômetros de estrada de terra que para nós estava em ótimo estado de conservação, proporcionando alguns momentos de relaxamento.

  Já em Ibitipoca tivemos que procurar um camping, achamos um legal no caminho para o parque já e coincidentemente muitas pessoas do encontro de teneres 250 estavam bem na frente, conhecemos alguns e nos informaram de um churrasco que ia rolar aquela noite, maravilha, trocar idéias e experiencias com pessoas que possuem a mesma moto e mesma pegada para viagens é sempre enriquecedor.

  Sábado, este seria o dia de tentar mostrar o máximo que podia para o Fabiano, resolvi fazer um percurso que tinha realizado na primeira visita que fiz ao parque, que ia no pico do pião e na janela do céu em uma pernada só. Saímos e as duas antas esqueceram do amigo chamado protetor solar, torramos nos 18 km de caminhada a ponto de eu nem conseguir me mexer direito, estava tudo errado, era para neste dia depois da caminhada seguir de volta a campinas, pois não queria realizar o percurso de quase mil quilômetros da volta de uma só vez, mas não tinha mais o que fazer, dormi e deixei a volta para o outro dia mesmo.
Pico do Pião.

Algum posto próximo a Lima Duarte.
  Lá fui eu voltar quase mil quilômetros todo queimado de sol, foi uma das viagens mais desgastantes da minha vida, tudo doía por conta das queimaduras do dia anterior, somado com o equipamento de proteção que uso roçando minha pele, foi bravo. Fabiano estava junto também sentindo alguns princípios de insolação e eu também, mas obrigação é obrigação, fomos juntos até próximo de campinas onde nos despedimos e eu segui em direção a Sorocoba fazer meu caminho de volta, o grande problema deste dia foi que acabei chegando na BR116 pela noite e ainda faltavam uns 300km até em casa, segui no meu ritmo velho que não enxerga nada até em casa, onde cheguei tarde da noite, acabado, cansado, queimado, doído, mas satisfeito pela viagem, por mais que tenha estes percalços na viagem, ela continua sendo algo relaxante para minha cabeça e que renova minhas forças.

domingo, 2 de junho de 2013

Tibagi-PR

Primeira parada
  Quinta feira, feriado, dia 30/05, Fabiano saiu de Amparo as 6 da manhã, mas devido ao transito só foi chegar aqui as 3 da tarde, encontramos ele embaixo do nosso prédio, seria a primeira trip com os três juntos e os três de teneré, eu e o André já estávamos prontos e saímos logo em seguida para a BR277 sentido ponta grossa, a estrada já estava tranquila e o único problema era o horário, íamos pegar estrada a noite, coisa que não gosto, mas fazer o que, não tínhamos opção. Fizemos uma parada rápida em um posto e começamos a ver o por do sol.

  Pegamos o finzinho do dia na estrada com seu céu alaranjado, conseguimos passar por Ponta Grossa e no meio do caminho para Castro a noite caiu (sorte que os faróis das motos são bons), chegamos em castro com um buraco no estomago e resolvemos comer algo em um bar/ restaurante local, bem agradável o sete gatos, onde fomos muito bem atendidos e a comida era muito boa.

  Hora de voltar para estrada, afinal faltava o trecho de Castro até no camping que era do lado do Parque Estadual do Guartelá, seguimos pela noite, no que definimos como tapete de estrada, sem buracos e muito bem conservada e sinalizada, foi bem tranquilo até a entrada do parque, onde seguimos até o portão de entrada do parque e ao lado estava a entrada do camping (camping da Dora, muito bom o camping), abrimos o portão e seguimos mais um pouco em uma estrada de terra que por sorte já estava seca das chuvas, caso contrário teríamos problemas (marinheiros de primeira viagem na terra), chegamos obviamente vivos e sem maiores problemas.


  Desmontamos as motos, montamos o acampamento e pegamos um sanduíche que compramos em uma padaria em Castro para lanchinho noturno e um belo jack para colocar finalmente a conversa em dia e conversarmos sobre o primeiro dia de estrada, estava muito frio, mas muito frio mesmo, todos dormimos com as roupas de moto mesmo para esquentar mais e tentar ter uma boa noite de sono para a caminhada de 5km do dia seguinte.



Jack e o gato do camping de compania noturna
Cachorro muito doido do camping
Cachoeira do Camping

Portão de entrada do Camping
  Dez para as seis da manhã, um maldito galo me acorda a todos, mas eu não consigo voltar a dormir, fico me enrolando na barraca até as sete quando todos realmente levantaram para já arrumar as coisas e ir caminhar, pegamos a estradinha de terra do camping e vimos que tinha duas subidinhas não tão fáceis  a moto perdia a tração muito fácil  mas já dava para ver o que nos esperava pela frente. No camping ainda fomos na cachoeira que fica dentro da propriedade dele, acompanhados por dois cachorros do local, que brincavam o tempo todo e se divertiam conosco.
Visual da estrada do camping

   Fomos para o parque, a entrada é na faixa e tem a trilha básica de 5km que não é necessário guia, portanto sem taxas a pagar, escolhemos essa e fomos, primeira parada a ponte de pedra, uma mega cachoeira com uma ponte de pedra formada pela erosão ocasionada pela água  coisa linda de se ver, na sequencia seguimos para o canyon do Guartelá, ele realmente é imenso e você se sente pequeno diante daquilo, ficamos contemplando por um tempo antes de ver a última atração, os panelões, chegamos a cogitar entrar neles, mas a água estava muito gelada e ninguém teve coragem de se arriscar.

  De volta ao camping, tudo desmontado e recolocado nas motos para voltarmos para Curitiba, saímos quase a uma da tarde e já na estradinha de terra nosso amigo André compra um terreno, mas por sorte nada demais aconteceu a ele ou a moto, passado o susto, fomos para a estrada que por incrível que pareça tinha mais movimento do que na quinta feira, foi bem chato ficar atrás de caminhões e tendo que ultrapassa-los, depois de uma parada para lanchinho e outra para abastecer chegamos em Curitiba e mais uma vez todos bem e inteiros.
Entrada do Parque
Ponte de Pedra

Canyon do Guartelá

Panelões





Paradinha para lanche

Última parada antes de Curitiba para abastecer

Joinville

  11 de maio, primeira semana do André com sua teneré novinha, hora de estrear a criança, para isso organizamos um bate e volta para Joinville, seria a primeira vez que o André pegaria estrada de moto e a primeira vez que eu saberia o que é estrada com a minha teneré que tinha um mês, fizemos um roteiro bem tranquilo, estrada bonita (para quem não conhece vale a pena ir) tomar um café no Recanto Gehrmann, depois seguir até Joinville mesmo e subir no mirante e voltar por Garuva até a BR277 e subir para Curitiba.

As tenerés no Recanto Gehrmann
  Saímos por volta das 7 horas da manhã e nos deparamos com uma neblina intensa, o que nos obrigou a fazer uma parada para a coca cola e esperar a neblina dissipar um pouco, depois de uma meia hora, retomamos a estrada com destino a estrada bonita, chegamos cedo por lá, mas por azar o café colonial é só com reserva antecipada e mais tarde (descobrimos que rola marreco recheado a vontade por 27 reais pela tarde, com reserva também), mesmo assim fomos muito bem recebidos e pudemos desfrutar de um cafezinho e sanduíche montados na hora para nós,  o recanto ainda tem uma bela coleção de motos antigas para se apreciar. A estrada bonita é como o nome diz, linda, pacata e quando nela se sente em outro país com as casinhas com estilo alemão.

  Com café da manhã tomado, seguimos para Joinville, agora seria o mirante que queríamos admirar, foi bem tranquilo de chegar graças ao gps e a visão lá de cima é espetacular, ficamos pouco por lá, pois ainda tinha a volta pela estrada de Garuva a BR277, que não tínhamos quase informações a respeito, então lá fomos nós desbravar a estradinha.
Vista do mirante de Joinville

Ponte da estrada secreta
  Chegando em Garuva, entramos para seguir a estradinha secreta, sabíamos que era de terra, mas o que não sabíamos era que ela tinha 90 quilômetros até a 277 e que a coisa piorava no final, seria um ótimo desafio para as motos novinhas, levamos quase 4 horas para cruzar ela inteira, um quase tombo, corpo doendo, mas alegria da diversão que havíamos passado, uma estrada com visual bonito, trechos difíceis e técnicos pelo menos para nós, marinheiros de primeira viagem em estrada de chão. Ao chegar na BR277 não pensamos duas vezes, tocamos direto para Curitiba e duas pizzas para relaxar e conversar sobre a viagem.
Na estrada secreta



MInha Teneré

  Sobre a teneré, na estrada seu comportamento é bom, por causa da altura dela e peso, ventos laterais se tornam chato na estrada, se você tem na faixa de 180 de altura vai sofrer um pouco com o vento, o para brisa não consegue desviar tudo na velocidade de estrada, na estrada de terra foi onde ela se mostrou para o que veio, os pneus apesar de serem mistos conseguiram segurar bem a moto em areia fofa e pedras soltas, o controle dela é muito bom, devido a altura e ao largo guidão que ela possui, algumas horas senti falta somente de um pneu mais para terra, mas no geral foi uma moto que impressionou, posição de pilotagem confortável e o banco até que dá para o gasto.

Curitiba-PR à Amparo-SP

 Sexta feira, feriado (isso foi em 2012, a ultima trip com a intruder) acordo as 6 da manhã para pegar a estrada, obviamente para deixar tudo mais gostoso chuva. Arrumo tudo, não tenho muita coisa afinal domingo já volto para casa, e saio por volta das 7 da manhã, a BR116 está tranquila, pouco movimento ideal para tentar curtir a estrada, mesmo com a chuva não dando tréguas.
  
  Alguns quilômetros de estrada e descubro que minha capa de chuva e minha luva impermeável não fazem mais o serviço, fazer o que, quem sai na chuva é para se molhar. Vejo pela estrada diversos carros que perderam o controle por causa da pista escorregadia, mantenho meu modo de velocidade tipico (senhor de idade sem presa), mesmo assim na primeira serra a moto perde a tração em uma curva, dá uma pequena rabeada, mas volta a conseguir tração, evitando um tombo já no começo de viagem.

El Caminito
  Sigo até Juquiá pela BR116 e lá entro na serrinha para Sorocaba, visual incrível  curvas gostosas o único problema continua sendo a chuva. Parada para uma empanada chilena excelente no El Caminito (recomendo geral a quem passar por lá dar uma parada), continuo e em duas ocasiões perco um pouco a traseira somente reduzindo, estava tudo bem escorregadio, mas foi tudo tranquilo sem maiores incidentes até Amparo, só cheguei inteiro molhado e o Biano ainda não tinha chego na casa, mas ele chegou rápido e ai foi só curtição até domingo.

  A volta foi super tranquilo voltei pelo mesmo caminho de ida, mas desta vez sem chuva e tempo friozinho, tempo ideal para mim, a serrinha de Sorocaba pode ser devidamente apreciada e consegui chegar em Curitiba mais uma vez intacto e com vontade de mais asfalto.

  Esta foi a última trip da intruder, que agora está deixando outro dono feliz.