QVB pela América

Dia 25 de dezembro: acordamos às 4 da manhã e já fomos arrumando as coisas nas motos, correria para conseguir sair às 5 da manhã, no fim das contas conseguimos e estávamos na estrada às 5:20h da manhã, seguindo pela BR 277, no meio de uma escuridão que aos poucos foi dando lugar a um sol meio tímido, com muita neblina no começo (não víamos mais de 30 metros à frente), depois de 4 pedágios, que totalizaram 14.50 reais, totalizamos 554 km que foram cumpridos em “apenas” 11 horas (viajantes de primeira viagem...).

            Ao chegar a Barracão (última cidade antes de entrar na Argentina) começou uma chuva, pegamos alguns pesos e a carta verde comprados pelo tio da minha namorada (no Brasil não é possível fazer a carta verde para a intruder 125 e para a fazer 250), pegamos as coisas e fomos para a fronteira, passamos sem qualquer tipo de demora ou problema.

            Na Argentina as famosas rutas estavam nos esperando, pegamos a ruta 17 rumo a El Dorado, estrada de pista simples, bem conservada e com trânsito tranqüilo, mas o calor foi nosso inimigo e nos fez derreter dentro do equipamento que usávamos (jaqueta e calça de moto, eu ainda levo um colete de rally), subidas e descidas, todas vencidas com muito suor pela trudy e com tranqüilidade pelo meu companheiro que está de Fazer, mas a bichinha agüentou o tranco do primeiro dia.

            Em El Dorado encontramos um grupo que ia para o Atacama, iam 3 motos, todas muito potentes e de valor elevado, conversamos um pouco com um deles, tomamos uma Pepsi para passar o calor e voltamos para a estrada, agora íamos na ruta 12 direto para Posadas, na província de Missiones.

            A estrada na Argentina, normalmente apresenta boas condições e a maioria dos motoristas respeita os motociclistas, então tudo foi bem tranqüilo, tirando o fato que como era nossa primeira viagem longa demoramos demais nas paradas devido às dores e cansaço, mas mesmo assim, depois de 17 horas cumprimos os 900km do primeiro dia, chegamos às 9:30 horas em Posadas, e fomos achar o  hotel que ficava no outro extremo da cidade. O hotel era lindo, o banheiro era mais nojento que qualquer banheiro de rodoviária (e olha que somos bem tranqüilos com limpeza), e o quarto era excelente até entrarmos nele, porque quando o Fabiano tirou o forro da jaqueta e da calça dele, subiu um futum que vou te falar... mas tudo aceitável por 27 reais para cada um e ainda tinha um bar com Quilmes.